COMEÇAR A DESPERTAR

Eckhart Tolle

Não vemos as coisas como são; as vemos como nós somos.

Eckhart Tolle, um homem de aspecto débil, não parece corresponder à imagem do clássico guru; e tem muito claro que esse não é o lugar que deseja ocupar: "não tenho nada para lhe dar; busque em seu interior" - diz. E esse é o desafio que propõe: acessar um conhecimento interno, que não pertence a ordem da mente, que reside em um lugar não determinado e que será uma descoberta pessoal; Eckhart nos sinaliza um pouco esse caminho de um modo quase provocativo: "você não é o que pensa; deixe de se identificar com a mente".

Eckhart foi pesquisador e supervisor na Universidade de Cambridge. Aos vinte e nove anos experimentou uma profunda transformação espiritual que mudou sua vida. Dedicou os anos seguintes a compreender, integrar e aprofundar essa transformação, que marcou o começo de uma intensa viagem interior.

Entre seus livros cabe destacar "O Poder do Agora" que lhe trouxe inúmeros leitores em todo o mundo e "O Poder do Silêncio", livro surpreendente e intimista, onde as palavras parecem sussurrar a partir do fundo de um profundo estado meditativo.

O que segue é uma entrevista onde fala sobre os obstáculos para a iluminação ou o que poderíamos chamar "as armadilhas da mente".

Pergunta: O que é Iluminação?

ECKHART TOLLE: Um mendigo tinha estado sentado à beira de um caminho durante mais de 30 anos. Um dia passou por ali um estranho. "Tens algumas moedas?", murmurou o mendigo, estirando mecanicamente o braço com seu velho gorro. "Não tenho nada para te dar", respondeu o estranho. E logo perguntou, "O que é isso sobre o que estás sentado?". "Nada", replicou o mendigo, "só uma caixa velha. Tenho estado sentado sobre ela desde que tenho memória". "Alguma vez olhaste o seu interior?", perguntou o estranho. "Não", respondeu o mendigo, "Para quê? Não há nada dentro". "Dá uma olhada", insistiu o estranho. O mendigo conseguiu entreabrir a tampa. Para seu assombro, incredulidade e euforia descobriu que a caixa estava cheia de ouro.

Eu sou esse estranho que não tem nada para lhe dar e que lhe diz que olhe em seu interior. Não dentro de alguma caixa - como na parábola - mas em um lugar ainda mais próximo: dentro de você mesmo. "Mas não sou um mendigo", posso lhe ouvir dizer.

Aqueles que não descobriram sua verdadeira riqueza - a brilhante jóia do Ser e a profunda e inalterável paz que se encontra nesse lugar -, são mendigos, ainda quando tenham grande riqueza material. Buscam externamente restos de prazer ou plenitude – para a validação, para a segurança ou para o amor -, enquanto em seu interior têm um tesouro que não apenas inclui todas essas coisas, mas que é infinitamente maior que qualquer coisa que o mundo possa oferecer.

A palavra "iluminação" evoca a idéia de alguma conquista sobre-humana, e o ego gosta de ver assim; entretanto, trata-se simplesmente do seu estado natural de união com o Ser. É um estado de conexão com algo incomensurável e indestrutível, algo que, quase como um paradoxo, é você em essência e que, entretanto, é muito maior que você. É o encontro de sua verdadeira natureza, além de nomes e formas; a incapacidade de encontrar esta conexão, da origem à ilusão de separação de você mesmo e do mundo que o rodeia. Percebe então a você mesmo, consciente ou inconscientemente, como um fragmento isolado. Surge o temor, e o conflito - interno e externo - se torna habitual.

Gosto da maneira simples como Buda define o estado de iluminação: "o fim do sofrimento". Há acaso algo sobre-humano nisto? É claro, como definição é incompleta. Só te diz o que a iluminação não é: não é sofrimento. Mas, o que é que fica quando já não há sofrimento? O Buda guarda silêncio a respeito, e seu silêncio implica que você terá que descobrir isso por você mesmo. Utilize uma definição negativa, de modo que a mente não possa transformá-la em algo em que acreditar ou em alguma conquista sobre-humana, em uma meta que lhe seja impossível alcançar. Apesar desta precaução, a maioria dos budistas segue acreditando que a iluminação é para o Buda - não para eles - ao menos por esta vida.

Pergunta: Você utilizou a palavra "Ser". Pode explicar a que se refere com isso?

ECKHART TOLLE: O Ser é a Vida Única eterna e onipresente que se encontra além das inúmeras formas de vida que estão sujeitas ao nascimento e à morte. Entretanto, o Ser não apenas se encontra mais além, mas na profundidade de cada forma, como sua essência mais interna, invisível e indestrutível. Isto significa que isso está a seu alcance agora, como sua natureza mais verdadeira, seu eu mais profundo. Mas não tente compreendê-la com a mente. Não trate de compreendê-la. Só pode conhecê-la quando a mente estiver quieta. Quando você está presente, quando sua atenção se encontra de forma total e intensa no Agora, poderá sentir o Ser. Mas ele nunca poderá ser compreendido com a mente. Tomar novamente consciência do Ser e viver nesse estado de "consciência sentida" é a iluminação.

Pergunta: Quando você fala no Ser, está falando de Deus? E se está, por que não usa essa palavra?

ECKHART TOLLE: A palavra "Deus" perdeu completamente seu significado, através de milhares de anos de mau uso. A utilizo às vezes, muito raramente. Por "mau uso", me refiro a pessoas que nunca tiveram sequer um vislumbre do âmbito do sagrado, da infinita imensidão existente por trás dessa palavra, a utilizarem com grande convicção, como se soubessem do que falam. Ou ainda, argumentam contra, como se soubessem o que estão negando. Este mau uso origina crenças, afirmações e ilusões egóicas absurdas, como "Meu Deus ou nosso Deus é o único Deus verdadeiro, e o teu é falso", ou a famosa frase de Nietzche: "Deus está morto".

A palavra Deus se transformou em um conceito fechado. Tão logo a palavra é pronunciada, se forma uma imagem mental - talvez não mais de um ancião de barba branca -, mas segue sendo uma representação mental de alguém ou algo fora de ti; e, sim, quase inevitavelmente, um algo ou alguém masculino.

Nem "Deus", nem o "Ser", nem nenhuma outra palavra podem definir ou explicar a inefável realidade que se encontra por trás da palavra, de modo que a única pergunta importante é se a palavra é uma ajuda ou um obstáculo, para te permitir experimentar Aquele ao qual ela aponta. Ela aponta por acaso para além de si mesma, para essa realidade transcendente, ou se presta muito facilmente a transformar-se em nada mais que uma idéia, una crença em sua cabeça, um ídolo mental?

A palavra "Ser" não explica nada, mas tampouco a palavra "Deus". "Ser", entretanto, tem a vantagem de ser um conceito aberto: não reduz o infinito invisível a uma entidade finita. É impossível formar uma imagem mental dele. Ninguém pode adjudicar a posse exclusiva do Ser. É sua própria essência, estando acessível a você de imediato como a sensação de sua própria presença, a sensação do "Eu Sou" prévia do "Eu sou isto ou aquilo". Assim que só há um pequeno passo entre a palavra "Ser" e experimentar o Ser.

Pergunta: Qual é o maior obstáculo para experimentar esta realidade?

ECKHART TOLLE: A identificação com sua mente, o que faz com que o pensamento se torne compulsivo. Não poder deixar de pensar é uma espantosa calamidade, mas não nos damos conta disto porque quase todo o mundo sofre disto, assim que é considerado "normal". Este ruído mental incessante o impede de encontrar esse domínio de quietude interna que é inseparável do Ser. Isto também cria um falso "eu" – fabricado pela mente -, que estende uma sombra de temor e sofrimento. Examinaremos tudo isso em mais detalhe mais adiante.

O filósofo Descartes acreditou ter encontrado a verdade mais fundamental quando formulou sua famosa frase: "Penso, logo existo". De fato, expressou com isso o erro mais fundamental: igualar o pensar com o Ser e a identidade com o pensar. O pensador compulsivo - e quase todo o mundo o é - vive em um estado de aparente separação, em um insanamente complexo mundo de problemas e conflitos contínuos, um mundo que reflete a crescente fragmentação da mente. A iluminação é um estado de "plenitude", de "ser um e, portanto, se está em paz. Você é um com a vida em seu aspecto manifesto - o mundo - assim como com seu eu mais profundo e a vida não manifesta - um com o Ser-. A iluminação não é só o fim do sofrimento e do contínuo conflito interno e externo, mas também o fim da horrível escravidão do pensamento incessante. Que incrível liberação é!

Identificar-se com a sua mente gera uma cortina opaca de conceitos, etiquetas, imagens, palavras, julgamentos e definições que impedem toda relação verdadeira. A cortina se interpõe entre você e você mesmo, entre você e os demais homens e mulheres, entre você e a natureza, entre você e Deus. É esta cortina de pensamento que cria a ilusão da separação, a ilusão de que há um você e um "outro" inteiramente separado. Você esquece então a realidade essencial de que, sob o nível das aparências físicas e das formas separadas, você é um com tudo o que existe. Com "esquece", me refiro a que você já não consegue sentir esta união como uma realidade evidente por si mesma. Pode acreditar que é assim, mas já não sabe se é ou não. Uma crença pode ser tranqüilizadora. Só é libertadora, entretanto, através de sua própria experiência.

Pensar se voltou uma enfermidade. A enfermidade se apresenta quando as coisas se desequilibram. Por exemplo, não há nada errado com o fato das células se dividirem e multiplicarem no corpo, mas quando este processo prossegue de forma independente do organismo completo, as células proliferam e ocorrerá uma enfermidade.

A mente é um instrumento soberbo se a usamos corretamente. Se a usamos de forma incorreta, entretanto, se torna muito destrutiva. Para ser mais preciso, não se trata tanto de que você use sua mente de modo incorreto - em geral você não a usa para nada -. Ela é que usa você. Essa é a enfermidade. Você acredita que você é a sua mente. Esse é o delírio. O instrumento se apropriou de você.

Pergunta: Não estou inteiramente de acordo. É certo que penso muito, sem sentido algum - como a maioria das pessoas -, mas ainda posso utilizar minha mente para obter coisas, e faço isso todo o tempo.

ECKHART TOLLE: Só porque você pode decifrar um enigma de palavras ou construir uma bomba atômica, não significa que pode utilizar sua mente. Tal como os cachorros gostam de morder ossos, a mente gosta de cravar seus dentes nos problemas. É por isso que resolve enigmas e constrói bombas atômicas. A você não interessam essas coisas. Permita-me perguntar isto: você pode liberar-se de sua mente cada vez que quer? Encontrou o botão que detém todo o mecanismo?

Pergunta: Você se refere a deixar de pensar? Não, não posso fazê-lo, exceto talvez por uns instantes.

ECKHART TOLLE: Então a mente utiliza você. Inconscientemente, você se identificou com ela, de modo que nem sequer se dá conta de que é seu escravo. É quase como se fosse possuído sem se dar conta: você acredita que a entidade que se apoderou de você é você mesmo. A liberdade se inicia a partir do momento em que você se der conta de que não é essa entidade que tomou posse de você - o pensador -. Saber isto lhe permite observar a entidade. Você apenas começa a observar o pensador, começa a ativar-se um nível mais alto de consciência. Você começa então a dar-se conta de que há um enorme âmbito de inteligência mais além do pensamento, e que esse pensamento é só um diminuto aspecto dessa inteligência. Também você se dá conta de que todas as coisas que realmente importam -a beleza, o amor, a criatividade, a alegria, a paz interior- tem sua origem mais além da mente. Você começa a despertar.

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NEUROPEPTÍDEOS

Este PPS é uma colaboração do amigo Antonio. Se você deseja ler algo mais sobre o assunto, clique aqui.

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CONHECENDO ECKHART TOLLE


Como admiradora que sou da obra de Eckhart Tolle, não poderia deixar de incluir esta entrevista, que recebi por e-mail (do Grupo Luz Cósmica), em meu blog.

ELEONÔRA


Conheça um pouco mais de ECKHART TOLLE, autor dos renomados "O Poder do Agora", "Praticando O Poder do Agora", "Um Novo Mundo - O Despertar de Uma Nova Consciência", "O Poder do Silêncio", "O Segredo da Felicidade".
Entrevista à norte-americana Jenny Simon.


CONHECENDO ECKHART TOLLE
por: João Carlos Marcuschi


Faço esta apresentação porque considero os ensinamentos, dele, alinhados àqueles que são abordados nas palestras de Krishnamurti; entretanto, a linguagem é mais acessível ao leitor ainda não acostumado com esta linha de leitura. Certamente, servirá para esclarecer muitos pontos, que as vezes não captamos lendo Krishnamurti.

Eckhart Tolle é um mestre espiritual ocidental, porém profundamente alinhado com a tradição meditativa do Oriente. Hoje mundialmente conhecido pelo livro "O Poder do Agora", durante muitos anos ele compartilhou sua experiência de realização interior apenas com um número muito reduzido de buscadores.

Nos textos que transcrevemos a seguir, Eckhart fala a respeito destes primeiros tempos e como o estado de iluminação impactou radicalmente sua vida. Avalia, também, o processo mais amplo de transformação da consciência humana e seus possíveis reflexos no futuro do planeta.

O material foi extraído de uma entrevista concedida por Eckhart à norte-americana Jenny Simon. O encontro aconteceu em Vancouver, no Canadá, onde o mestre (alemão??) atualmente vive.

Jenny Simon - As pessoas ao seu redor devem pensar que você é um pouco lunático. Em sua experiência interior, você nunca questionou o que aconteceu?

Eckhart - Não. Era tão claro e não havia nenhuma pergunta sobre uma realidade que era tão óbvia. Uma vez eu disse que mesmo se tivesse encontrado o Buda e ele me apontasse “não, não é isso”, eu diria – “que interessante, mesmo Buda pode estar errado”.
Isto não é algo do ego, é só para deixar claro como essa realidade é tão óbvia que nenhuma questão mental, nenhuma pergunta adiantaria.
Por exemplo, se alguém me desse uma maçã e dissesse “não, não é uma maçã”, eu diria “não, eu sei que é”.

Jenny Simon - Você aponta que seu estado de consciência implicou numa redução de 80% na atividade de sua mente pensante. Isso criou alguma espécie de carência ou algo parecido?

Eckhart- Bem, não tanto para mim, mas para as pessoas ao meu redor (risos).
Isso é certo, pois as pessoas que me conheciam, especialmente a família, pais, alguns amigos, pensaram que algo errado tinha acontecido comigo – isto porque por algum tempo, após a mudança, eu prossegui com as estruturas externas de minha vida. Apenas prosseguia como se nada houvesse acontecido, porque ainda havia um “momentum” e continuei seguindo-o durante três ou quatro anos.

Então percebi que essas estruturas externas estavam totalmente fora do alinhamento com meu ser – no mundo acadêmico totalmente dominado pela mente, o ego dominado completamente. Então aconteceu um momento em que deixei tudo para trás...

Foi aí que as pessoas pensaram que eu estava realmente louco – abandonado uma promissora carreira acadêmica e indo sentar-me em um banco do parque, sem fazer mais nada. Era bem estranho, porque eu não tinha nenhuma orientação espiritual, ninguém para dizer-me “você não precisa viver no banco do parque, você pode continuar funcionando no mundo”.

Eu defini isso por mim mesmo.
E isso levou bastante tempo, para que então eu pudesse de novo continuar funcionando no mundo. Por uns tempos, o estado da presença, do ser, era tão satisfatório, belo e completo que perdi todo o interesse no futuro... quanto mais ter ambição ou viver para adquirir isto ou aquilo. Se o momento presente era tão preenchedor, por que precisaria do futuro?
Mas naturalmente, no nível prático o futuro ainda opera, e saber disso às vezes ajuda.

Você precisa tomar um avião daqui a alguns dias, ou aprender algo que leva certo tempo, aprender uma língua, ou o que quer que seja. Mas, eu não mais necessitava do futuro, internamente, e passaram-se anos antes que eu começasse a ser capaz de lidar com o mundo novamente, sem necessitar dele – era quase como uma forma de brincadeira.

Iniciar coisas, fazer coisas e, miraculosamente, também um bom tanto de coisas vinham a mim... Mesmo enquanto estava sentado no banco do parque, com quase nada em meu bolso, geralmente no último momento alguma ocorria ou alguém vinha e novamente eu tinha algo com que viver, por enquanto. Milagrosamente isso sempre acontecia, e gradualmente, então, eu comecei a funcionar no mundo de novo.

Devo dizer que duas ou três vezes tentei voltar às estruturas do mundo, sentia que meu tempo no banco do parque estava terminando, então me dizia: “Ok, é melhor eu fazer alguma coisa”.

Uma vez me candidatei a um emprego, e isso é bem engraçado, um emprego num banco mercantil na cidade de Londres (riso). Durante a entrevista, ouviram-me com interesse, mas não me deram o lugar.

Depois candidatei-me a um emprego acadêmico e houve outra entrevista, só que devo ter dito algo, embora tenha procurado evitar a linguagem espiritual, mas... havia seis ou sete professores ao meu redor e ao final da entrevista um deles me perguntou: o que você realmente quer fazer? (riso).

E na realidade não havia nada que eu realmente quisesse fazer, então essa foi a minha última entrevista – eu percebi que na realidade não queria voltar às estruturas do mundo.
Foi então que gradualmente as pessoas vieram e passaram a me fazer perguntas, começando com situações de ensino informal.

Algo um pouco mais estruturado surgiu e então eu me tornei um professor espiritual aos olhos do mundo (risada), foi isso que aconteceu. Não ganharia um emprego se colocasse no meu currículo “não mais preciso pensar”, mas realmente é o que acontece.
O próprio poder de ensinar vem desse estado, da consciência.
Não sou eu, e sempre que começo a falar tenho essa sensação de que não tenho nada, absolutamente nada, a dizer.

Assim, não é realmente esta pessoa que está fazendo qualquer coisa.
Todo o ensinamento que tem causado um certo impacto no mundo vem desse estado de não-pensamento, não tem nada a ver com esta pessoa aqui... (riso)

Jenny Simon - Eu ouvi você várias vezes citar o mestre indiano Ramana Maharshi. Como se mede o progresso espiritual? É pela ausência do pensamento? Você acredita nisso realmente?

Eckhart - Sim, sim. No grau da ausência de pensamento, sim, está certo.
É simples, muito simples.

A mente pode dizer: “ok” – mas isto significa que não fiz nenhum progresso, porque estou pensando o tempo todo. Talvez você não saiba que já há ausência de pensamento em si, talvez algum breve momento, mas não importa...

Você respondeu à beleza?
Deve haver ausência de pensamento em você, porque de outra forma não veria a beleza.
Esse momento é ausência de pensamento.

Pode haver muitos momentos de ausência de pensamento – de repente você percebe: “Gente, há ocasiões em que o pensamento está ausente”. Ou você pode exclamar: “Oh! Eu não estou pensando!” (riso). E você já está pensando de novo.

Algumas vezes você sabe que não está pensando e ainda não está pensando (riso).
Mas é bom não tentar provocar esse estado, porque poderia ser um esforço muito grande.

A forma mais rápida de tornar-se livre de pensamento é ainda render-se ao momento, aceitar este momento como ele é, porque se você observa o processo de pensar compulsivo, descobre que sempre está associado à não-aceitação.

A não-aceitação é a característica essencial do estado egóico criado na mente – a não-aceitação do agora.

E toda a compulsão realmente é uma fuga, é o negar da beleza e da vida do agora.
Quando você vê a verdade disso, pode aceitar este momento como ele é.
É um estado de grande força – não de fraqueza, como a mente pode dizer-lhe, exceto que há um efeito colateral dessa aceitação, a mente deixada de fora, porque quando você não está lutando com o que é, a compulsão para pensar cessa.

Isso é algo que requer continuidade da prática espiritual.
Muitas vezes você não aceita o que é e então percebe que está novamente negando o agora.
E essa percepção está certa, quando você vê a não-aceitação, já está livre dela.
Quando você não vê a não-aceitação, então fica novamente preso em todo o ruído mental, porque não está aceitando o que é.

Assim, a mais poderosa prática espiritual é aceitar este momento como ele é.
Aceitação descomprometida deste momento como ele é.

É por isso que grandes mestres às vezes parecem tão aterradores, embora sejam gentis internamente, na realidade. Olhando velhos retratos ou fotos de grandes mestres, seus olhos são tão aterradores. Sim, descompromissado agora, sim, não movendo, estando aberto. E este estado é tanto gentil quanto aterrador, ambos ao mesmo tempo.

Então essa é a prática espiritual mais poderosa e é realmente a única prática espiritual que não lhe dá tempo (riso). Há tantas práticas espirituais que lhe concedem tempo para tornar-se um bom adepto, praticar mais e mais, gradualmente.
Mas aceitar este momento como ele é, você só pode fazê-lo agora.

Jenny Simon - Freqüentemente temos ouvido você falar sobre a nova consciência que está emergindo e como esse estado está disponível cada vez para um número maior de pessoas. Mas, honestamente, não estou convencida de que isso não seja uma projeção de sua experiência. Não tenho dúvida de que você floresceu como ser humano, mas não vejo evidência, ao meu redor, de que muitas pessoas passarão por isso. Pergunto: você tem alguma premonição de que isso vai acontecer em 5, 10, mil anos? Como isso realmente transformará o mundo?

Eckhart - Certo. Admito que pareço estar no epicentro da onda de transformação porque isso é o que eu faço e as pessoas chegam para estar em contato comigo. Todos que encontro estão sofrendo transformações e às vezes, quando ligo a televisão, sou repentinamente lembrado – “Oh! Não está acontecendo com todo mundo”.

Por causa de minha posição peculiar, admito que certas vezes parece, para mim, que o mundo inteiro está se transformando. Ao mesmo tempo, recebo mesmo imensa massa de correspondência de pessoas que estão relatando mudanças na consciência e enorme diminuição do sofrimento, etc.

Isso eu vejo em toda parte; porém não, não tenho uma escala do tempo, tudo que eu sei é que há uma aceleração de algo. Também sinto que o planeta provavelmente não sobreviverá outros cem anos se a velha consciência predominar por muito tempo no planeta, com tudo que isso significa.

É impossível que a natureza do planeta possa suportar isso.
Assim, pela primeira vez na história humana essa transformação tornou-se uma necessidade, até mesmo para a sobrevivência da espécie. E talvez seja somente assim, em qualquer evolução e transformação, talvez seja apenas quando a espécie alcança um ponto crítico em que a sobrevivência fica ameaçada se ela continuar sem transformar-se – aí então essa transformação acontece em nível coletivo.

Eu acredito – e posso dizer que é quase um fato – que se os velhos padrões de fazer as coisas continuarem por mais cem anos, e naturalmente esses padrões ficarão ainda mais ampliados, os meios de destruição serão maiores e o planeta não será mais capaz de sustentar a vida humana por mais cem anos.

Assim, pela primeira vez na história humana chegamos a um ponto em que a transformação da consciência não é mais um luxo. Talvez tenha havido no tempo de Buda os primeiros florescimentos, também no tempo de Jesus, já apontando para algo novo, uma maneira de ver o que estava acontecendo. Os primeiros sinais disso e depois algumas flores aqui e ali, mas nunca tinha sido uma necessidade para a sobrevivência do planeta e o fim da loucura humana.

Mas depois veio a tecnologia, veio a ciência – sim, também manifestações de grande inteligência – e ainda assim ampliaram a loucura em larga escala. Antes as pessoas tinham sorte se conseguiam matar uns poucos, agora podem matar centenas, milhões com um só aparelho (riso).

Não há mudanças, simplesmente amplia-se o efeito da inconsciência.
E é uma boa coisa, porque vemos mais claramente que nunca.
É chocante para as pessoas que a primeira guerra criou armas poderosas de destruição, provindas da tecnologia, e aí pensamos: o que foi que fizemos?
Milhões e milhões de jovens morrendo nas trincheiras inutilmente – Oh, meu Deus – foi uma abertura da visão da loucura, lá no começo do século XX.
Mas agora sabemos também o que aconteceu no restante do século.

Está em seu rosto agora, é tão óbvio.
Eu sei que o trabalho que faço, qualquer que seja, é uma manifestação da nova consciência e há muitas pessoas atravessando isso. Para salvar o planeta? Eu não sei, talvez não.

Jenny Simon - Então, pode-se dizer que você é uma espécie de necessidade da evolução, de certa forma?

Eckhart - Sim, na realidade é isto que está acontecendo.
É quase como se a espécie estivesse se tornando algo novo, uma nova espécie está evoluindo da velha. E, novamente, não é algo do ego, dizendo eu sou da nova espécie, e você não (riso).
Mas sim, é bem como se uma nova espécie estivesse chegando, e está chegando porque a velha espécie não é mais capaz de sobreviver, a menos que mude (riso).

Jenny Simon - E você pode descrever a nova espécie, quais seriam suas características?

Eckhart - A nova espécie não necessita de inimigos, drama ou conflito para dar-lhe um sentido de identidade e assim, torna-se livre, em grande escala, do conflito e do sofrimento causado pelo homem, que é uma característica da velha consciência.

Buda teve uma bela perspectiva disso, quando disse, para descrever o estado de consciência da liberação, que ela é livre do sofrimento – você não sofre mais. Pode ainda haver dor, porque enquanto houver corpo físico haverá dor, você pode ter uma dor de dente. Mas o sofrimento psicológico é causado pela entidade do eu na cabeça. Você não mais causará sofrimento para si próprio através das estruturas do pensamento. E quando você não mais causa sofrimento para si, não mais causa sofrimento para outros.

A interação entre seres humanos não será mais coberta pelo medo, como é agora – o medo e o desejo, dois movimentos de estado inconsciente.
A interação humana será caracterizada pelo amor e compaixão.

E o amor não será do tipo “preciso de você, não ouse abandonar-me, porque eu não sei o que vou fazer se você me deixar”, o amor da chamada velha consciência.

Amor é simplesmente reconhecer o outro como sendo você próprio, o reconhecimento da unidade é amor.

E todas as interações, quando se reconhece o outro como você próprio, não mais acontecem através da formação de uma imagem, uma identidade da forma, de quem aquela pessoa é.
E porque você vai além da identificação da forma em si própria, não mais constrói pequenas armadilhas e pequenos conceitos de outras pessoas... então o amor reina.

Não se pode conceber o que seria o mundo se uma grande parte da humanidade vivesse nesse novo estado de consciência. Eu não faço, geralmente, considerações sobre esse fato.
Minha suposição sobre isso é de que não seria possível reconhecer a estrutura da natureza humana. Seria muito diferente.

Potencialmente este planeta poderia ser o paraíso – é um paraíso, mas as pessoas se esforçam muito para torná-lo um inferno, contudo ainda é um belo paraíso.

Não estou dizendo que no nível da forma não haverá limitação, sim, as formas ainda vêm e vão. Mas ainda assim a harmonia é possível, viver em harmonia com a natureza.
Viver em um estado de amor, amando a essência de cada forma, pois a vida se manifesta através de milhões de formas de vida.

Amando uma vida da qual milhões de formas são manifestações temporárias; amando-as como se fosse a si próprio, sendo elas – esse é o novo estado de consciência.


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OS ANCESTRAIS E AS DIFERENTES INTELIGÊNCIAS


De acordo com os ancestrais de diferentes partes de nosso mundo, nosso corpo sente e pensa. Por exemplo, no caso dos ancestrais das tribos australianas, quando uma pessoa se fere ou adoece, a tribo se reúne ao redor do enfermo e canta pedindo perdão à ferida ou parte afetada. E esta começa automaticamente a dar sinais de melhora e ocorrem curas milagrosas.

O mesmo ocorre nas assombrosas curas dos kahunas ou médicos magos havaianos. Eles entram em oração direta com a parte afetada pedindo-lhe perdão. Esse ato de oração envolve os magos, o paciente e todas as vidas durante as quais eles possam ter se encontrado e se envolvido com essa pessoa. E também ocorrem curas consideradas milagrosas.

No conhecimento ancestral Inca, tudo é reciprocidade, quando alguém adoece ou se enche de energia pesada ou “hucha”, por ter atitudes egoístas, não deixando fluir o “sami” ou energia leve. Por isso nas curas se pede para aquela parte do corpo se harmonizar com ‘pachamama’ permitindo que o bloqueio se reequilibre.E a pessoa se cura.

No caso dos Lakotas, na América do Norte, eles falam com o corpo para informar-lhe que existe uma medicina que vai curá-lo. E logicamente as pessoas se curam.
Como vemos, examinando alguns casos de medicina ancestral, chegamos a uma interessante conclusão: os ancestrais aceitavam as partes de nosso corpo como um ser completamente inteligente e autônomo do cérebro. Isso durante os últimos séculos passou a ser considerado como fraude ou superstição. Mas vejamos agora as descobertas mais recentes da ciência. Você vai ficar estupefata (o).

A sabedoria do corpo é um bom ponto de acesso às dimensões ocultas da vida: é totalmente invisível, mas inegável. Os investigadores médicos começaram a aceitar este fato em meados dos anos oitenta. Anteriormente se considerava que a capacidade da inteligência era exclusiva do cérebro. Então foram descobertos indícios de inteligência no sistema imune e, logo a seguir, no digestivo.

A INTELIGÊNCIA DO SISTEMA IMUNE
A Dra. Bert descobriu (e logo outros cientistas confirmaram), que existem tipos de receptores inteligentes não só nas células cerebrais, mas em todas as células, de todas partes do corpo (chamaram inicialmente de neuropeptídios). Quando começaram a observar as células do sistema imunológico, por exemplo, as que protegem contra o câncer, contra as infecções, etc., encontraram receptores dos mesmos tipos que os do cérebro. Em outras palavras, suas células imunológicas, as que o protegem do câncer e das infecções, estão literalmente vigiando cada um dos seus pensamentos, cada emoção, cada conceito que você emite, cada desejo que tem. Cada pequena célula T e B do sistema imunológico produz as mesmas substâncias químicas produzidas pelo cérebro quando pensa. Isto torna tudo muito interessante, porque agora podemos dizer que as células imunológicas são pensantes. Não são tão elaboradas como as células cerebrais, que podem pensar em português, inglês ou espanhol. Mas sim, elas pensam, sentem, se emocionam, desejam, se alegram, se entristecem, etc. E isto é a causa de enfermidades, de stress,câncer, etc. Quando você se deprime entram em greve e deixam passar os vírus que se instalam em seu corpo.

A INTELIGÊNCIA DO SISTEMA DIGESTIVO.
Há dez anos parecia absurdo falar de inteligência nos intestinos. Sabia-se que o revestimento do trato digestivo possui milhares de terminações nervosas, mas que eram consideradas simples extensões do sistema nervoso, um meio para manter a insossa tarefa de extrair substâncias nutritivas do alimento. Hoje sabemos que, depois de tudo, os intestinos não são tão insossos. Estas células nervosas que se estendem pelo trato digestivo formam um fino sistema que reage a acontecimentos externos: um comentário perturbador no trabalho, um perigo iminente, a morte de um familiar. As reações do estômago são tão confiáveis como os pensamentos do cérebro, e igualmente complicadas.

A INTELIGÊNCIA DO FÍGADO
As células do cólon, fígado e estômago também pensam, só que não com a linguagem verbal do cérebro. O que chamamos “reação visceral” é apenas um indício da complexa inteligência destes milhares de milhões de células. Em uma revolução médica radical, os cientistas acessaram uma dimensão oculta que ninguém suspeitava: as células nos superaram em inteligência durante milhões de anos.

A INTELIGÊNCIA DO CORAÇÃO
Muitos acreditam que a consciência se origina unicamente no cérebro. Recentes investigações científicas sugerem, de fato, que a consciência emerge do cérebro e do corpo atuando juntos. Uma crescente evidência sugere que o coração tem um papel particularmente significativo neste processo. Muito mais que uma simples bomba, como alguma vez se acreditou, o coração é reconhecido atualmente pelos cientistas como um sistema altamente complexo, com seu próprio e funcional “cérebro”. Ou seja, o coração tem um cérebro ou inteligência. Segundo novas investigações no campo da Neurocardiologia, o coração é um órgão sensorial e um sofisticado centro para receber e processar informação. O sistema nervoso dentro do coração (ou o “cérebro do coração”) o habilita a aprender, recordar e tomar decisões funcionais independentemente do córtex cerebral. Além da extensa rede de comunicação nervosa que conecta o coração com o cérebro e com o resto do corpo, o coração transmite informação ao cérebro e ao corpo, interagindo através de um campo elétrico.

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O coração gera o mais poderoso e mais extenso campo elétrico do corpo. Comparado com o produzido pelo cérebro, o componente elétrico do campo do coração é algo assim como 60 vezes maior em amplitude, e penetra em cada célula do corpo. O componente magnético é aproximadamente 5000 vezes mais forte que o campo magnético do cérebro e pode ser detectado a vários pés de distância do corpo com magnetômetros sensíveis.

RECOMENDAÇÕES:
As investigações do Instituto HeartMath sugerem que respirar com Atitude, é uma ferramenta que ajuda a sincronizar seu coração, mente e corpo para dar-lhe uma coerência psicofisiológica mais poderosa. Ao usar esta técnica regularmente – experimente-a cinco vezes ao dia - você desenvolverá a habilidade para realizar uma mudança de atitude durável. Respirando com Atitude, você coloca o foco em seu coração e no plexo solar, enquanto respira com uma atitude positiva. O coração automaticamente harmonizará a energia entre o coração, a mente e o corpo, incrementando a consciência e a clareza.

A Técnica de Respirar com Atitude

1. Coloque o foco em seu coração enquanto inala. Enquanto exala coloque o foco no plexo solar. O plexo solar se encontra umas quatro polegadas debaixo do coração, justamente debaixo do esterno onde os lados direito e esquerdo da caixa torácica se juntam.
2. Pratique inalar através do coração e exalar através da caixa torácica durante 30 segundos ou mais para ajudar a ancorar sua atenção e sua energia ali. Depois escolha alguma atitude ou pensamento positivo para inalar ou exalar durante esses 30 segundos ou mais. Por exemplo, você pode inalar uma atitude de estima e exalar uma de atenção.
3. Selecione atitudes para respirar que lhe ajudem a compensar as emoções negativas e de desequilíbrio relacionadas com as situações pelas quais você está passando. Respire profundamente com a intenção de dirigir-se ao sentimento relacionado a essa atitude. Por exemplo, você pode inalar uma atitude de equilíbrio e exalar uma atitude de misericórdia, ou pode exalar uma atitude de amor e exalar uma atitude de compaixão.
4. Pratique diferentes combinações de atitudes que você queira desenvolver. Pode dizer em voz alta: “Respiro Sinceridade, Respiro Coragem, Respiro Tranqüilidade, Respiro Gratidão” ou qualquer atitude ou sentimento que você queira ou necessite. Inclusive, se você não sente a mudança de atitude a princípio, mesmo fazendo um esforço genuíno para mudar, ao menos lhe ajudará a alcançar um estado neutro, no qual você terá mais objetividade e poupará energia.

O QUE LHE PARECE? OS ANCESTRAIS TINHAM RAZÃO? O QUE VOCÊ ACHA?
ABRAÇOS

JORGE CARMONA

Traduzido para o português: Eleonôra

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SINCRONICIDADE


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O PODER DA PALAVRA

Brad Hunter

A palavra, junto com o poder da vibração, é capaz de criar, curar e também destruir.

A teoria indica que, quando focalizamos nossa mente em algo, e a isto somamos o sentimento e a emoção, para finalmente expressá-lo, estamos exteriorizando e materializando um poder que estará afetando os reinados da matéria.

O QUE DIZES A TEU SEMELHANTE, DIZES A TI MESMO
Se cada um de nós estivesse consciente de que a energia liberada em cada palavra afeta não só a quem a dirigimos, mas também a nós mesmos e ao mundo que nos rodeia, começaríamos a cuidar mais o que dizemos.

Os antigos essênios sabiam da existência de um enorme poder contido na oração, no verbo e na palavra. Os antigos alfabetos, como o sânscrito, o aramaico e a linguagem hebraica são fontes de poder em si mesmas. Os essênios utilizaram a energia que canaliza a linguagem - que era a manifestação final do pensamento, da emoção e do sentimento - para manifestar na realidade a qualidade de vida que desejavam experimentar neste mundo. Nas culturas do antigo Oriente eram utilizados os mantras, as rezas, os cânticos e as orações com intenção predeterminada, como técnicas para materializar estados internos e programar, de uma forma ignorada por nós na atualidade, realidades pensadas, desejadas e afirmadas previamente.

Os estudos realizados por físicos quânticos começam a redescobrir e validar o enorme conhecimento esquecido de antigas culturas ancestrais. Um conhecimento que se encontra ainda escondido e esquecido e que nos traria o poder de mudar nosso mundo.

AS PALAVRAS PODEM PROGRAMAR O ADN
A mais recente investigação científica russa indica que o DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e freqüências, sem seccionar e nem substituir genes individuais. Só 10% de nosso DNA é utilizado para construir proteínas, e este pequeno percentual do total que compõe o DNA é o que estudam os investigadores ocidentais. Os outros 90% é considerado “DNA sucata”. Entretanto, os investigadores russos, convencidos de que a natureza não é tola, reuniram lingüistas e geneticistas - em um estudo sem precedentes -, para explorar esses 90% de “DNA sucata”.

Os resultados levaram a conclusões impensadas: segundo os estudos, nosso DNA não só é o responsável pela construção de nosso corpo, mas também serve como armazém de informação e para a comunicação a toda escala da biologia. Os lingüistas russos descobriram que o código genético, especialmente no aparentemente inútil 90%, segue as mesmas regras de todas as nossas linguagens humanas. Compararam as regras de sintaxe (a forma em que se colocam juntas as palavras para formar frases e orações), a semântica (o estudo do significado da linguagem) e as regras gramaticais básicas e assim descobriram que os alcalinos de nosso DNA seguem uma gramática regular e têm regras fixas, tal como nossos idiomas.

Portanto, as linguagens humanas não apareceram coincidentemente, mas são um reflexo de nosso DNA inerente. O biofísico e biólogo molecular russo Pjotr Garjajev e seus colegas também exploraram o comportamento vibratório do DNA. “Os cromossomas vivos funcionam como computadores solitônicos/holográficos usando a radiação laser do DNA endógeno”. Isso significa que alguém pode, simplesmente, usar palavras e orações da linguagem humana para influir sobre o DNA ou reprogramá-lo.

Os mestres espirituais e religiosos da antiguidade souberam, há milhares de anos, que nosso corpo pode ser programado por meio da linguagem, das palavras e do pensamento. Agora isso foi provado e explicado cientificamente. A surpresa maior foi descobrir a maneira como os 90% do “DNA Sucata” armazena a informação. “Imaginemos uma biblioteca que, em lugar de arquivar milhares de livros, só guarda o alfabeto comum a todos os livros. Então, quando alguém solicita a informação de um determinado livro, o alfabeto reúne todo o conteúdo em suas páginas e coloca a nossa disposição”, esclareceu Garjajev. Isto nos abre as portas a um mistério ainda maior: que a verdadeira “biblioteca” estaria fora de nossos corpos em algum lugar desconhecido do cosmos e que o DNA estaria em comunicação permanente com este reservatório universal de conhecimento.

A EVIDÊNCIA INESPERADA
O investigador Dan Winter, que desenvolveu um programa de computação para estudar as ondas sinusoidais que emite o coração sob respostas emocionais, em uma fase da investigação com seus colegas, Fred Wolf y Carlos Suárez, analisou as vibrações da linguagem hebraica com um espectrograma. O que descobriram foi que os pictogramas que representam os símbolos do alfabeto hebraico se correspondiam exatamente com a figura que forma a longitude de onda do som de cada palavra.

Isso significa que a forma de cada letra era a exata figura que formava a referida longitude de onda a ser vocalizada. Também comprovaram que os símbolos que formam o alfabeto são representações geométricas. No caso do alfabeto hebraico, os 22 gráficos utilizados como letras são 22 nomes próprios originalmente usados para designar diferentes estados ou estruturas de uma única energia cósmica sagrada, que é a essência e semelhança de tudo o que é. O livro do Gênesis está escrito nesta linguagem.

As letras dos antigos alfabetos são formas estruturadas de energia vibracional que projetam forças próprias da estrutura geométrica da criação. Desta maneira, com a linguagem se pode tanto criar como destruir. O ser humano potencializa o poder contido nos alfabetos ao somar-lhe o poder de sua própria intenção. Isso nos converte em responsáveis diretos dos processos criativos ou destrutivos na vida. E somente com a palavra!

O PODER CURATIVO DA PALAVRA
Existe uma capacidade demonstrada de quanto a palavra pode afetar a programação do DNA. A saúde poderia conservar-se indefinidamente se nos orientamos em pensamentos, sentimentos, emoções e palavras criativas e, sobretudo, bem intencionadas.

Os estudos do Instituto Heart Math nos abrem um novo panorama para a cura, não só dos humanos enfermos, mas também para a cura planetária. O instituto crê na existência do que eles chamam “hiper-comunicação”, uma espécie de rede de Internet sob a qual todos os organismos vivos estariam conectados e comunicados permitindo a existência da chamada “consciência coletiva”.

O Hearth Math declara que se todos os seres humanos fossem conscientes da existência desta matriz de comunicação entre os seres vivos, e trabalhassem na unificação de pensamentos com objetivos mancomunados, seríamos capazes de logros impensados, como a reversão repentina de processos climáticos adversos.

O poder das rezas, orações e pedidos, tal como nos legaram os antigos essênios - potencializado por milhares de pessoas -, nos outorgaria um poder que superaria ao de qualquer potência militar que quisesse nos impor sua vontade pela força.

Este poder foi demonstrado em espécies animais como os golfinhos, que trabalham unificados em objetivos comuns. Os golfinhos utilizam padrões geométricos de hiper-comunicação, ultra-som e ressonâncias que lhes servem para interagir com as redes energéticas do planeta. Estes animais possuem a capacidade de produzir estruturas sônicas geométricas e harmônicas sob a água. Poderíamos afirmar que os golfinhos ajudam mais a manter o equilíbrio planetário do que os humanos.

Se Deus nos outorgou o poder, significa que quer que nós, uma vez alcançado um nível de consciência determinado, ajudemos com respeito à vida, sendo co-criadores de sua obra.

Este artigo foi publicado na Revista ‘EL PLANETA URBANO

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LABIRINTITE


O que é a labirintite?
Trata-se da inflamação do labirinto, região do ouvido interno que, além de contribuir para a audição, é responsável pelo equilíbrio do corpo e por nosso senso de direção. Por isso mesmo o principal sintoma é uma forte sensação de tontura e vertigem, acompanhada de zumbidos, náuseas e visão embaçada. Como o labirinto se relaciona com diversas regiões do organismo – do sistema nervoso central (cérebro e cerebelo) aos olhos, nervos dos tendões e músculos – qualquer alteração nessas partes do corpo pode provocar labirintite. “As inflamações mais comuns são causadas por vírus, como o da gripe, ou bactérias trazidas pela água que entra no ouvido; distúrbios no metabolismo como diabetes e hipotireoidismo, pressão alta e estresse”, afirma Paulo Pontes, otorrinolaringologista da Escola Paulista de Medicina, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Justamente por ter tantas possibilidades de origem, o diagnóstico da labirintite costuma dar bastante trabalho aos médicos. Outras causas possíveis são infecção das vias respiratórias, otite, sífilis e meningite.

Prumo e bússola
Apesar de fazer parte do aparelho auditivo, o labirinto nos dá o senso de direção e de equilíbrio.

Com cerca de 1 centímetro de diâmetro, o labirinto é formado por uma série de pequenos ossos e membranas interligados no ouvido interno. Dentro deles circula um líquido cujo movimento regula a estabilidade do corpo. Assim, qualquer inflamação nessa região – o que caracteriza a labirintite – provoca tontura, vertigem e mal-estar generalizado.

Fonte: Ciência Hoje

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QUANDO MEU CORPO DANÇA

(ou... Dançando a vida)

Tati Guidio


Eu danço aquele dia. Danço aquilo que fiz. Danço aquilo que pensei. Danço aquilo que senti.
Danço aquela conquista, quando me achei a mulher mais feliz do mundo. No mover dos meus braços está aquela felicidade. Estão em meu rosto todos os sorrisos...
Danço aquela lembrança, aquele passado nunca esquecido. Nas minhas pernas está esse caminhar longínquo enquanto danço...
Danço aquele alguém. Danço o amor. Está em meus olhos enquanto me movo...
Danço aquele beijo. Meu corpo desenha aquela noite... o sentir da pele, do outro corpo... o nós dois nos momentos em que fomos um...
Danço aquela discussão que tivemos. E aquela que não. A raiva que senti está em meu rosto, enquanto meu corpo faz aquele movimento... sai pelos meus poros junto ao suor...
Danço aquela dor. Meu corpo diz... Diz sobre meus medos e minhas angústias enquanto danço...
Danço aquilo que gostaria de falar e não falei. Digo com o meu corpo enquanto danço. Quando travei meus dentes com força para prender as palavras que queriam sair... não saíram naquele momento, mas saem naquele giro...
Danço aquela mágoa, deixando passar o momento. Era sofrimento. Torna-se perdão naquele salto...
Danço aquele choro. Meu corpo desenha as lágrimas e diminui o tamanho daquela dor enquanto danço...
Danço os meus segredos. Os mais íntimos e indizíveis. Meu corpo escreve essas palavras não ditas enquanto danço. Até os meus dedos movimentam essas sensações...
Danço os meus sonhos, minhas fantasias... estão em cada passo. Meu corpo paira sobre nuvens... são os meus sonhos esquecidos... perdidos... estão ali enquanto danço...
Danço a minha vida. Os movimentos, ao mesmo tempo que refletem, revivem... vivem... resolvem... tocam... terminam... começam...
Mostram e me tornam aquilo que sou...
Danço tudo de mim.
Danço a mim mesma...
E, ao fim, ofegante... respiro a minha história.

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POR NOSSO CORPO CIRCULA LUZ

Jorge Carmona

Desenvolvi este artigo com base em uma discussão levantada por uma irmã na Internet. Fundamenta-se na descoberta de que nosso corpo é pura luz…leia:

“Li há algum tempo na revista ‘Dsalud’ um artigo que apóia tudo aquilo que para nós já é tão legítimo: que somos energia, somos seres de luz.

Vejam, então, que os nossos sisudos cientistas foram capazes de demonstrar que assim é: que os canais energéticos que as culturas orientais conhecem há milênios e que descobriram de forma empírica, por revelações, sabe-se lá como (de forma surpreendente para os racionais ocidentais) existem na realidade científica racional a qual estamos acostumados. O que não passa por essa racionalidade e essa ciência não existe oficialmente. Pois bem, os chakras, os canais energéticos, os meridianos, a pura energia e o reiki, inclusive a conexão entre humanos, já existem para a ciência.

Em resumo: foi descoberto que a água dentro do organismo cristaliza em forma de cristal líquido (como as telas dos computadores), uma forma de cristalização que permite conservar as propriedades dos cristais óticos (sua capacidade de armazenar informação e vibrar a determinadas freqüências) e dos líquidos (sua capacidade de fluir) ao mesmo tempo. Isto significa: ela é capaz de guardar memória!!!!!!

Lembram-se das fotos dos cristais de água do Dr. Masaru Emoto?

Dito isto, não podemos esquecer que 75% de nosso corpo é água (para um bebê este percentual é de 95%), daí a importância desta descoberta.

A água conduziria os biofótons (informação eletromagnética) - o CHI, o Ki, o prana -, a velocidades inimagináveis através de nosso corpo. Céus! Por nossas veias (eletromagnéticas) circula luz!

Além disso foi descoberta uma rede ferroso-férrica de moléculas (de ferro) que graças às diferenças de potencial (geradas porque se oxidam e reduzem constantemente estas partículas) produzem energias eletromagnéticas que circulam por todo o nosso corpo, nutrindo-o e protegendo as reações bioquímicas (amplamente conhecidas por nossos cientistas) que sustentam nossa saúde. “Casualmente” estas redes são mais densas justamente em um local que coincide com um canal central diante da coluna, e possuem sete bolas de macromoléculas coincidindo com os lugares descritos como chakras, protegendo as glândulas mais importantes do organismo, onde se desenvolvem as reações bioquímicas essenciais para a vida.

Bem, o cristal líquido ficaria dentro das células e seria influenciado pelo campo magnético descrito, emitiria energia de determinados e diferentes comprimentos de onda para seu exterior, o que constituiria a aura, e captaria, como uma grande antena parabólica, informação externa.

Nossas moléculas de cristal líquido estariam fixadas dentro da rede ferroso-férrica, e serviriam como lugar de armazenagem de informação. A cientista que fez tão estupenda descoberta diz admitir que o ser humano seja formado por um corpo magnético, outro bioquímico e outro mental. Se o corpo magnético se desorienta ou danifica, deixa de proteger a estrutura bioquímica e a enfermidade surge. Se trabalhamos energeticamente sobre nosso organismo, reparamos a estrutura magnética e, conseqüentemente, a estrutura bioquímica também se recupera e, por extensão, a saúde. Constantemente, através dos chakras, nosso corpo se nutre da energia que nos rodeia para poder funcionar bioquimicamente de forma correta.

Bem, isso é tudo. Podem ver de forma ampliada no seguinte endereço (em espanhol): http://www.dsalud.com/numero85_1.htm.”

A reflexão seguinte é lógica e é uma conseqüência deste artigo. Se nosso corpo é luz e por ele circula luz, o mais lógico é que a luz do sol tenha um efeito de bateria de recarga sobre o mesmo. (…) Nosso corpo, por deficiências de alimentação e por costumes nocivos, perderia em alguns casos essa capacidade de distribuir luz harmoniosamente através de suas células, ocasionando problemas de saúde e estados de estresse.

A ação da luz solar teria o objetivo de regenerar e, posteriormente, recarregar todo esse circuito, para então recompô-lo, elevando sua vibração e desenvolvendo as partes ainda não acessadas de nosso cérebro (deixamos de utilizar cerca de 80%). Aí então poderemos estabelecer a reconexão com nosso mundo espiritual!!

Um abraço solar!!

Jorge Carmona

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MENSAGEM DOS ANCIÕES HOPE


Andaram dizendo às pessoas que esta é a Décima Segunda Hora.
Agora devem voltar e dizer às pessoas que a Hora chegou.
Eis aqui as coisas que devem considerar:
Onde estão vivendo?
O que estão fazendo?
Quais são seus relacionamentos?
Estão em uma relação adequada?
Onde está sua água?

Conheçam seu quintal.
É tempo de pronunciarem sua Verdade.
De construírem sua comunidade.
Sejam bons uns com os outros.
E não busquem fora de si mesmos o líder.

Este poderia ser um bom momento!
Existe ali um rio que flui muito rápido
É tão grande e veloz que assustará alguns.
Procurarão segurar-se à margem.
Sentirão que estão sendo destroçados e sofrerão muito.

Saibam que o rio tem um destino.
Os mais velhos dizem que devemos nos soltar da margem
e deslizarmos para o centro do rio,
mantendo os olhos abertos, e as cabeças por cima da água.

Vejam quem está ali com vocês e celebrem.
A esta altura da historia não tomamos nada como pessoal
e muito menos a nós mesmos,
pois no momento em que o fazemos
nosso crescimento e viagem espiritual se detém.

A época do lobo solitário encerrou.
Reúnam-se!

Cancelem a palavra "combate" em sua atitude e vocabulário.
Tudo o que fizerem a partir de agora deve ser de modo sagrado e celebrando.

Somos as pessoas que estávamos esperando.

Nação Hopi
Oraibi, Arizona

("Os índios Hope constituem a etnia cultural mais antigua da América do Norte, com raízes na região denominada Four Corners -New Mexico, Colorado, Utah y Arizona. Não só foram os primeiros habitantes do continente, mas também são considerados por outras nações indígenas como possuidores de uma grande sabedoria e um conhecimento das coisas que vai muito além da compreensão corrente. Consolidaram-se como uma cultura identificável no ano 1 da era atual e respondem ao nome de Hisatsinom, "Povo de Muito Tempo").

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O CAMPO UNIFICADO OU CONSCIÊNCIA ELEVADA

O Campo Unificado ou Consciência Elevada é um campo de energia cientificamente comprovado que permeia e conecta tudo no mundo e no Universo. Nós somos parte desta vasta matriz dinâmica de intercâmbio e manifestação de energia.

O Campo Unificado é a força mais catalítica, que dá a propulsão para a transformação da consciência planetária. Esta matriz avançada é o enfoque número um e o alinhamento de base para que seres de luz, obtenham sua missão na transformação da consciência para o coletivo da humanidade.

A Rede Cristalina planetária é uma estrutura energética nova, ativada continuamente e parte do Campo Unificado. É um componente integral do modelo Cristalino da Nova Terra.

Cientistas e físicos quânticos produziram uma extensa investigação quantitativa, que oferece evidências sólidas de que o Campo Unificado existe e que nossos pensamentos e emoções são capazes de afetar, de forma profunda, todos os aspectos de nossas vidas e do mundo.

Também é através da investigação comprovada que foi detectado que é necessária uma quantidade de pessoas focadas de forma coletiva e em estado meditativo, para que se efetue uma mudança maior para uma população determinada. Para isto é necessária a raiz quadrada de um por cento da população. Isto significa que só com 8,000 de nós, que estejamos comprometidos em uma meditação coletiva, afetaremos a transformação em escala global!

"No final das contas, poderíamos descobrir que nossa habilidade para compreender as "regras" da Matriz Divina (Campo Unificado) sustenta a chave para nossa cura mais profunda, nosso maior gozo e nossa sobrevivência como uma espécie. Através da conexão vivida dentro de você, de mim e de cada humano que caminha na Terra, temos uma linha direta com a mesma força que cria tudo, desde átomos e estrelas ao DNA da vida!"
Gregg Braden - Cientista, Visionário e Erudito
http://www.greggbraden.com (Inglês)

"O Campo é como encontrar a força na Guerra das Galáxias. O Campo do Ponto Zero (Campo Unificado) conecta tudo no universo e nós mesmos somos parte desta vasta teia de aranha dinâmica de intercâmbio de energia. O Campo também revela um novo paradigma biológico, que a nosso nível mais fundamental, a mente humana e o corpo, não estão distantes e separados do meio ambiente; mas que formam um pacote pulsante de energia que interage constantemente com este vasto mar de energia".
Lynne McTaggart -Investigadora, Autora, Conferencista
http://www.theintentionexperiment.com (Inglês)

"Creio que o que podemos fazer em seguida, é criar uma influência poderosa meditativa para a paz e uma unidade global, reunindo grupos, através do país e através do mundo, para meditar em forma coletiva. A investigação mostra que a meditação grupal tem um impacto poderoso na sociedade, ao incrementar a unidade e a harmonia, assim como para reduzir o stress social."

Publicado em SINCRODESTINO 2012, por Roberto Trevilla Baz.
Traduzido para o português por Eleonôra

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A DANÇA COMO CAMINHO DE CONEXÃO INTERIOR

Uma verdadeira viagem se inicia quando o movimento alça vôo em nossos corpos. Porque somos muito mais do que nos ensinaram.

As danças têm suas origens na maravilhosa relação com a Grande Natureza, a Mãe Terra, com o Sol, os Planetas e as Estrelas.

O movimento, em entrega total, estabelece uma conexão com a divindade de nosso Ser. Aqui tudo é Sagrado, tudo é uno, comum união.

Quando você dança pode sentir a conexão com os diversos elementos, como por exemplo: o vento que alude à transparência do espírito; a água que é pura flexibilidade; você também pode se converter em montanha, porque interiormente somos tão imponentes e fortes como ela. Outras vezes voaremos buscando o fogo e a luz do Sol, ou viajaremos no brilho de uma estrela.

Contam as diversas tradições que os deuses criadores se reuniram, para plasmar cada um a partir de seu dom. Assim uns se dispuseram a trabalhar com os sons e os cantos; outros pintaram o universo de cores; alguns brincaram com as formas e finalmente outro grupo animou com o movimento, para que tudo fluísse em harmonia e beleza.
O homem, dizem, foi criado para gozar de todos os sentidos e lhe outorgaram a qualidade de experimentar a criatividade, que é uma sincronização com os dons dos deuses. Por isso quando dançamos e cantamos recordamos esse pedaço da chispa divina que na verdade somos.

A dança, em primeiro lugar, quebra todas as limitações da mente e permite descobrir o poder de ser.

Em seguida, são removidas as emoções para serem transformadas; vão aparecendo, como camadas, para serem abandonadas espontaneamente.

Conforme se dança a energia flui e os corpos sutis gradualmente fecham antigas feridas. Aparece o bem-estar e a capacidade de desfrutar; geramos endorfinas.
Um dia descobrimos a enorme capacidade de nos comunicar através desta linguagem que transcende idiomas e fronteiras. Aparece a reciprocidade de dar e receber amor. É o poder do coração aberto.

Um pouco mais adiante, a dança não terá formas rígidas e expressará a conexão com o ser total que pode ser experimentado como êxtase. O conjunto de corpos que somos se torna flexível, elástico. Passamos do movimento total à quietude mais extrema, tal e qual são os ritmos da natureza expressas nas estações.

Vamos descobrindo que o corpo se manifesta em formas geométricas enquanto dança, e em um momento a entrega é tal que você se converte em luz, só luz. É maravilhoso você sentir que está aqui e ali, plenamente consciente.

Por isso, especialmente nas tradições nativas o trabalho com as danças, não requer plantas de poder. A dança e o canto são alucinógenos sonoros por excelência, expandem a consciência naturalmente.

Então a dança é geradora de purificação para a alma de quem está trabalhando com ela, quando se utilizam as músicas adequadas.

Você é convidado a experimentar e a contar suas experiências.

Fonte: Rede Cusi Huasi
Tradução para o português: Eleonôra

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AS ESTRELAS FALAM O IDIOMA DO CORAÇÃO

“Como posso me sentir só, entre tantas estrelas…? Deus acende luzes a cada noite para recordar-nos que a vida é uma festa”.





Declaro-me Vivo.

Saboreio cada ato. Antes cuidava para que os outros não falassem mal de mim; então me comportava como os outros queriam e minha consciência me censurava. Menos mal que, apesar de minha esforçada boa educação, sempre havia alguém me difamando.

Quanto agradeço a essa gente que me ensinou que a vida não é um palco! Desde então me atrevi a ser como sou!

Viajei por todo o mundo; tenho amigos de todas as religiões; conheço gente estranha: vegetarianos que devoram o próximo com sua intolerância; pessoas que caminham com um cartaz que diz: “Eu sei mais que você”; médicos que estão pior que seus pacientes; gente milionária mas infeliz; seres que passam o dia se queixando, que se reúnem aos domingos para se queixar por turnos; gente que cometeu muitas asneiras em sua maneira de viver.

A árvore anciã me ensinou que todos somos iguais.

A montanha é meu ponto de referência: ser invulnerável; que cada um diga o que quiser, eu sigo caminhando sem me deter, sou guerreiro: minha espada é o amor, meu escudo o humor, meu lar a coerência, meu texto a liberdade, e se a minha felicidade se torna insuportável, me desculpe, não fiz da concordância a minha opção, prefiro a imaginação ao índio – isto inclui a inocência. Talvez tivéssemos somente que ser humanos.

Porque tu não vês os átomos, não significa que não existam. Por isso é muito importante que seja somente o Amor que inspire teus atos. Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos o risco de estar de novo transitando de costas para a luz.

Na realidade, só falo para te lembrar da importância do silêncio. Desejo que descubras a mensagem que se encontra por trás das palavras; não sou um sábio, só um apaixonado pela vida.

O silêncio é a chave, a simplicidade é a porta que deixa do lado de fora os imbecis. A educação oficial te prepara para que sejas tua própria interferência. É interessante ver como os programas educativos elegem cuidadosamente todo o essencial para descartá-lo; assim, não se ensina a viver nem a morrer, a amar nem a rir. As pessoas felizes não são rentáveis; com lucidez não há necessidades desnecessárias.

Não é suficiente querer despertar, mas despertar. A melhor forma de despertar é fazê-lo sem preocupações, para que nossos atos não incomodem a quem dorme ao lado. Recorda que o desejo de fazê-lo bem será uma interferência. É mais importante amar o que fazemos e desfrutar de todo o trajeto; a meta não existe, o caminho e a meta são o mesmo; não temos que correr a lugar nenhum, só saber dar cada passo plenamente.

Não, não resista, rende-te à vida; quem aceita ser o que é e se habilita a fazer o que pode, fará surgir as utopias e o impossível se coloca à disposição. A melhor forma de ser feliz é: “ser feliz”; reconstrói tua raiz e saboreia a vida. Somos como peixes de mares profundos: se saímos para a superfície nos destruímos. A frivolidade e a insignificância condenam a vida à morte. Quando somos maiores do que mostramos, nada pode nos desequilibrar; mas quando permitimos que as coisas sejam maiores que nós, nosso desequilíbrio está garantido.

O coração está na emergência por falta de amor. É necessário voltar a conquistar a vida, enamorar-nos outra vez dela; nosso potencial interior aflora espontaneamente quando nos deixamos em paz. Talvez sejamos só água fluindo; o caminho nós é que temos que fazer. Mas não permitas que o rio seja escravizado pelo seu leito; que em vez de um caminho não tenhas um cárcere.

A infelicidade não é um problema técnico, é o resultado de ter tomado o caminho equivocado.

Amo minha loucura que me vacina contra a estupidez; amo o amor que me imuniza diante da infelicidade que pulula em toda a parte, infectando almas e atrofiando corações.

O amor é, a nível sutil, a essência de nosso sistema imunológico. Sem amor, a síndrome de imunodeficiência será adquirida inevitavelmente e ela é mortal.

A partir do meu coração indígena suspeito que ser infeliz é uma fuga. Quão fácil é fazer brincadeiras neste mundo moderno! Suspeito que o homem começou a cometer enganos há muito tempo; isto significa que já é tempo de retificar a marcha e, reorientando o passo, retomar a sagrada senda do sol. Não é possível chegar a nosso lugar sem transcender o egoísmo; não é possível acessar à vida plena sem se ter liberado previamente de medos e temores. As pessoas estão tão acostumadas a se complicarem, que rechaçam de antemão a simplicidade; as pessoas estão tão acostumadas a serem infelizes, que suspeitam da sensação de felicidade; as pessoas estão tão reprimidas, que a espontânea ternura os incomoda e o amor inspira desconfiança.Existem coisas que são muito racionais e… estragam. Já não podemos perder tempo aprendendo técnicas espirituais quando ainda estamos vazios de amor.

Um dia permitimos que nos escravizassem e o amo nem sequer existe. O amo acabou sendo um fantasma movido por controle remoto por quem precisa que sejamos escravos. Aqueles que não estão preparados para escutar têm a recompensa de não inteirar-se de nada.

Desfruta do que tens, recebe o que chega, cria e inventa o que necessitas, faz só o que podes, e fundamentalmente celebra o que tens.

A vida é um canto à beleza, uma convocação à transparência. Quando descobrires isto, a partir da vivência, o vento voltará a ser teu amigo, a árvore se tornará um mestre e o amanhecer o ritual; a noite se vestirá de cores, as estrelas falarão o idioma do coração e o espírito da terra repousará outra vez tranqüilo.

Não importa o que digam de ti… Os que esperam muito de ti podem te converter em um cárcere; digam o que disserem de mim eu sou o que sou.

Chamalú, Indio Quechua
Traduzido para o português por Eleonôra

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ENERGIZAÇÃO


Vem espírito do bem, me envolve,
lança seus raios de bondade em minha direção,
Cubra-me com tua proteção.

Reabastece minhas energias,
Fazendo-me compreensão,
Elevando sempre meu coração
ao ápice da bondade,
Que eu sempre saiba perdoar,
Esquecendo mágoas,
Lavando a alma,
Sendo somente o amor que se dá.

Vem espírito superior,
Carrega-me em teus braços,
Dai-me a força que preciso,
Para continuar o que aqui vim fazer,
E nunca me esquecer
dos teus ensinamentos,
Perdida no mar da minha infantilidade
como humana,
Aprendiz de um tempo.

Oh... espírito benfazejo,
Sopra em minha direção,
Que minha criança interior,
Nunca se acovarde,
Nem adormeça em meu coração,
Pois dela preciso
para espalhar a alegria,
o otimismo de uma encarnação.

Apaga de minha mente as decepções
de coisas que não conhecia,
O mal que não sabia que tão forte existia,
O ódio ,
A vingança,
Pois sempre sentia o amor,
Não acreditando no êxito da ruindade,
Pois todos ao serem deuses
levam o amor no coração,
E não deveriam se perder na escuridão.
Que eu posso direcionar teu amor
para esses corações
em forma de elos preciosos me dado por ti.

Vem espírito da brandura,
Me circula,me faz cura,
Lava meu interior,
E que nele nasça a flor
da tua humildade,
Para que eu posso espalhar
a suavidade,
o conforto de uma palavra amiga,
a honestidade de um existir,
até quando eu deva partir,
Para me embaralhar de volta
nos teus cabelos,
Sendo uma partícula de tua elevação.

Que se faça a cura,
energizando meu ser!

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CÉLULAS TRONCO VÃO CRIAR VIDAS


Tudo que sabemos sobre reprodução humana está prestes a mudar – a começar pelo papo de que ela depende de um homem e de uma mulher.

por Stevens Rehen* / Ilustração: Bruno Algarve


A busca pela imortalidade, ou, em outras palavras, a possibilidade de reparo infinito de órgãos e tecidos, é parte antiga do imaginário coletivo. Foi no século 18 que o suíço Abraham Trembley percebeu que a pequena hidra, com seus tentáculos ao redor da boca, era capaz de se regenerar completamente mesmo que picada em vários pedaços. Trembley influenciou gerações de cientistas que buscavam compreender como alguns organismos - mais do que outros - conseguem reconstituir partes do corpo.

O que todos esses cientistas descobriram é que a capacidade de regeneração do corpo humano é limitada. Transplantar seria uma solução – mas que não resolve a enorme demanda por órgãos de reposição e o desgaste do organismo causado pelo envelhecimento. Então surgiram as células-tronco, e com elas a esperança de chegar mais perto da eternidade. Aqui um parênteses: “célula-tronco” é a tradução do inglês stem cell, o nome dado às células de plantas que têm a capacidade de se regenerar. Hoje, esse termo é usado para identificar qualquer célula que, ao se dividir, é capaz de se autorrenovar ou formar novos tecidos e órgãos.

As mais versáteis (e famosas) células-tronco são as embrionárias, retiradas de embriões humanos. Mas elas não são as únicas: em 2007, uma equipe liderada pelo cientista japonês Shinya Yamanaka surpreendeu o mundo ao tornar células adultas tão versáteis quanto as embrionárias. O que Yamanaka fez foi reprogramar células retiradas da pele de seres humanos – na prática, ele criou células-tronco a partir de células comuns. Uma revolução.

Em julho deste ano, o pesquisador iraniano radicado no Reino Unido Karim Nayernia deu mais um passo: anunciou a criação de espermatozóides a partir de células-tronco embrionárias humanas. Também prometeu para muito breve a criação de células germinativas provenientes de células não embrionárias geradas da pele. Nayernia está abrindo a seguinte porta: gerar vida a partir de um apanhado de células da pele. Ou seja: mais do que concretizar o antigo sonho da vida longa, o iraniano quer usar a técnica para gerar vida em laboratório.

Ainda que não esteja claro se esses espermatozóides realmente serão capazes de fecundar um óvulo e iniciar um processo de reprodução humana, a porta está aberta. Já dá para ver, num futuro não muito distante, a medicina sendo capaz de fazer casais inférteis gerar filhos. Ou duas mulheres gerar uma criança. Ou uma criança gerar outra criança.

São novas formas de começar uma vida. Que vão abrir uma série de discussões éticas, mas que acabarão por beneficiar a sociedade muito mais do que prejudicá-la. Até porque posso apostar que é a maneira tradicional de fazer bebês vai prevalecer.

*Stevens Rehen é diretor adjunto de pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e palestrante do TEDxSP, um evento para disseminar as melhores ideias.
Saiba mais em www.tedxsaopaulo.com.br.

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UM CÃO DE NOME ALEGRIA

Cão Alegria durante uma aula na Universidade

Autor: Gilmar Marcílio - 27/06/09

Leio, estarrecido, a notícia da morte de um cãozinho vira-lata chamado Alegria. O dócil animal perambulava pelos pátios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Seu crime? Ter sido abandonado pelo dono. A forma como foi assassinado? A pauladas, com requintes de crueldade. Alegria tinha sido adotado por um professor que estava fazendo um brilhante trabalho na recuperação de crianças submetidas à violência das ruas. A simples presença desse cão o auxiliava na tarefa. No resto do tempo, Alegria passeava entre um bloco e outro do campus, brincava com os estudantes.

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Por favor, alguém me ajude a entender uma barbárie dessas, porque outro nome não há. Quem já teve um cão sabe exatamente o que significa sua perda. Morre um ser que nos presenteava com um olhar que lembra pedaços de nuvem, um broto rasgando a terra, o afago que se recebe da mão amada. A dor é tão grande que exige o silêncio de um luto, pois é o fim de um afeto marcado pela mais pura gratuidade. Perdoem, até consigo entender que pessoas maltratem outras pessoas, porque pouca bondade há em nós. Mas torturar um animalzinho indefeso, sentir prazer em matá-lo, regozijando-se com a sua agonia... como aceitar isso? Sinto uma tristeza profunda, minha alma fica machucada. Morre em mim, por ora, a tentativa de acreditar que somos uma raça dotada de inteligência e sensibilidade.

O jornal mostrava a foto de Alegria quando ainda vivo. Confesso que não pude conter as lágrimas. E, num ímpeto de fúria interior, pus-me a conjeturar o que faria se colocassem na minha frente a criatura que o matou. Onde encontrar algum resquício de sanidade mental? Alguém poderá nos pedir que o perdoemos? Não tenho vocação para a santidade e sou tomado por uma ira tão grande que me resta apenas dizer: tomara que a vida o trate da mesma forma como ele tratou Alegria. Sei que não se pode esperar de todos esse amor incondicional aos animais. Há os que se comovem com bebês, com pessoas idosas, com a destruição da natureza. Eu também me sensibilizo e sei que é preciso ajudar. Mas como se pode extrair gozo na tortura de um bicho? Penso na alegria que dá vê-los rolando pelo chão, correndo por um gramado, acariciá-los quando ainda estão arfantes, com sua língua que mais parece ter saído de um desenho animado... Quem nunca os carregou no colo pode ter a certeza de que está perdendo uma das grandes felicidades da vida.

Que dia triste, este. Que vergonha de ser um homem e não um bicho, uma planta, uma pedra. Não sei o que fazer com a minha liberdade. Quero apagar a luz do quarto e ficar bem quieto, chorando a morte de Alegria. Quero imaginá-lo no céu dos cães, num céu que preciso tanto crer que exista, ao lado de um Deus que nem de longe seja a nossa imagem e semelhança.



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