Os desafios de relacionamentos são vastos e amplos. Os diferentes tipos de pessoa, as diversas percepções, as inúmeras histórias pessoais e as múltiplas interpretações dificultam estabelecermos uma única forma de nos relacionarmos. Neste aspecto, cada caso é um caso realmente.
Para cada qual com quem nos relacionamos há uma forma diferente de relação. Algumas pessoas são diretas, pragmáticas. Outras são cerimoniosas. Há as informais, as cheias de protocolos, as bem amigas e as meras conhecidas. Mesmo entre os mais íntimos, temos que apresentar uma relação exclusiva e única, pois cada pessoa tem sua peculiaridade e a história em comum é componente que cria contexto.
Até aí, tudo bem. Mas não haverá um padrão, um valor de performance que possa atender a todos igualmente? Se existe algo
que podemos mapear, eu diria que é a gentileza. Essa vale sempre, em qualquer situação, com qualquer pessoa, em infinitas possibilidades. Alguns diriam que seria a educação. Uma pessoa que age de forma bem educada sempre será bem vista. É fato que apresentar um comportamento educado é algo bastante desejável, mas acredito que a gentileza está além disso. Já observei pessoas agindo educadamente, mas nada gentilmente. E isso faz toda a diferença.
Há um poder imenso em entregar gentileza em cada passo e a cada instante. Ser gentil significa estar em equilíbrio pessoal, considerar a si, ao outro, ao meio e ao contexto um valor positivo, independente das condições. Sempre me encanta quando as pessoas conseguem ser gentis mesmo frente aos maiores absurdos ou em condições precárias e adversas. E também observo o impacto e o poder que essa gentileza tem de provocar mudanças profundas no outro.
É impressionante como a gentileza pode transformar relações, processos e resultados. Nas tradições, a gentileza é dada como um
sintoma da paz. Quando a pessoa sai do estado interno pacífico, a primeira coisa que perde é a gentileza. Assim, ser gentil é poder experimentar constantemente um estado íntimo de paz.
Tem gente muito educada que faz considerações para outras, mas sem a devida gentileza. Parecem dizer como subtexto “olha, vou lhe explicar, porque você não entendeu e eu sei o que ou como deve ser feito''. Há educação, mas falta respeito pela diversidade e pela velocidade do outro. Ser gentil é a arte de conjugar educação, respeito e verdadeiro interesse pelo semelhante. Isso muda tudo.
Permita que as pessoas realmente interajam, que elas sejam capazes de trocar ideias, perceber outros pontos de vista e dialogar na busca de novas possibilidades. Ser gentil nunca é demais, mas facilmente sua falta é de menos, torna tudo menos adequado, fraterno e interessante. Assim, use e abuse do poder da gentileza e não se espante se, ao final, a pessoa mais feliz e satisfeita for você.
PhD em Filosofia pela Columbia University com foco em Planejamento de Carreira
Site: www.work.com.br
Twitter: Dulce Guimarães
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Para cada qual com quem nos relacionamos há uma forma diferente de relação. Algumas pessoas são diretas, pragmáticas. Outras são cerimoniosas. Há as informais, as cheias de protocolos, as bem amigas e as meras conhecidas. Mesmo entre os mais íntimos, temos que apresentar uma relação exclusiva e única, pois cada pessoa tem sua peculiaridade e a história em comum é componente que cria contexto.
Até aí, tudo bem. Mas não haverá um padrão, um valor de performance que possa atender a todos igualmente? Se existe algo
que podemos mapear, eu diria que é a gentileza. Essa vale sempre, em qualquer situação, com qualquer pessoa, em infinitas possibilidades. Alguns diriam que seria a educação. Uma pessoa que age de forma bem educada sempre será bem vista. É fato que apresentar um comportamento educado é algo bastante desejável, mas acredito que a gentileza está além disso. Já observei pessoas agindo educadamente, mas nada gentilmente. E isso faz toda a diferença.
Há um poder imenso em entregar gentileza em cada passo e a cada instante. Ser gentil significa estar em equilíbrio pessoal, considerar a si, ao outro, ao meio e ao contexto um valor positivo, independente das condições. Sempre me encanta quando as pessoas conseguem ser gentis mesmo frente aos maiores absurdos ou em condições precárias e adversas. E também observo o impacto e o poder que essa gentileza tem de provocar mudanças profundas no outro.
É impressionante como a gentileza pode transformar relações, processos e resultados. Nas tradições, a gentileza é dada como um
sintoma da paz. Quando a pessoa sai do estado interno pacífico, a primeira coisa que perde é a gentileza. Assim, ser gentil é poder experimentar constantemente um estado íntimo de paz.
Tem gente muito educada que faz considerações para outras, mas sem a devida gentileza. Parecem dizer como subtexto “olha, vou lhe explicar, porque você não entendeu e eu sei o que ou como deve ser feito''. Há educação, mas falta respeito pela diversidade e pela velocidade do outro. Ser gentil é a arte de conjugar educação, respeito e verdadeiro interesse pelo semelhante. Isso muda tudo.
Permita que as pessoas realmente interajam, que elas sejam capazes de trocar ideias, perceber outros pontos de vista e dialogar na busca de novas possibilidades. Ser gentil nunca é demais, mas facilmente sua falta é de menos, torna tudo menos adequado, fraterno e interessante. Assim, use e abuse do poder da gentileza e não se espante se, ao final, a pessoa mais feliz e satisfeita for você.
PhD em Filosofia pela Columbia University com foco em Planejamento de Carreira
Site: www.work.com.br
Twitter: Dulce Guimarães